terça-feira, 13 de março de 2012

As milhares de facetas das mulheres

Desde tempos primórdios, a mulher é oprimida pela nossa sociedade. Isso porque vivemos em uma sociedade machista, onde a voz feminina não tem vez, a não ser que essa voz sirva de escrava e âmbito familiar. Com isso, as mulheres vêm tentando, desde muito tempo, conquistar o seu espaço e realmente mostrarem que possuem o seu verdadeiro valor e o seu papel fundamental na sociedade em que hoje vivemos.

Antigamente, as mulheres eram tratadas como verdadeiras escravas, não possuíam sequer o direito do voto, ou seja, não tinham nenhum tipo de voz ativa e nenhuma liberdade de expressão. Viviam num regime totalmente patriarcal, onde, desde de crianças aprendiam a cuidar da casa, dos maridos e dos filhos, essa era a educação dada pelas mães às suas filhas meninas. Quanto a isso, elas não podiam fazer nada, todas que foram contra essa imposição, não se deram tão bem assim, acabaram exiladas e muitas vezes sofriam abusos sexuais seguidos de morte.

Não podemos esquecer de umas das mais importantes mulheres da nossa sociedade, que revolucionou todas as ideias preconceituosas sobre o falso idealismo de que a mulher é fraca e possui o sexo frágil: esta se chama Joana D’arc, e foi uma das mulheres mais corajosas e destemidas que já ouvi falar em toda a minha experiência de vida.

Sem contar que, até na ciência as mulheres não possuíam vez. Os homens em si, na maioria das vezes copiavam suas ideias e patenteavam em nome deles mesmos, ofuscando a imagem feminina em cada situação. Mulheres como Marie Curie, foram importantíssimas para o desenvolvimento da ciência como um todo, foi até ganhadora de um prêmio Nobel, depois de morta e reconhecida.

O fato é que a mulher não tinha vez nem espaço. Aconteceram diversas tragédias e sofrimentos, até que conseguisse um pequeno direito ao meio de uma sociedade totalmente preconceituosa e machista. E esse mínimo de atenção se expandiu e permaneceu durante anos, onde, nas guerras mundiais e na maioria dos conflitos que as mulheres não participavam diretamente, serviam, literalmente de “comida” para os homens que trabalhavam no exército. Eram abusadas e não poderiam reclamar, com medo de perder os filhos ou serem barbaramente mortas.

Os anos se passaram e a situação foi melhorando. Um tempo depois, a mulher já possuía o direito de voto e começaram a aparecer algumas jornalistas mulheres, onde, em um pequeno espaço mais significativo, poderiam expor as suas opiniões para toda uma sociedade. Foi a partir desta ideia, que surgiu um dos movimentos mais revolucionários do século. O movimento feminista foi algo que se perpetuou em diversos lugares do mundo inteiro, com base na cor roxa, que representa a força e vitalidade da mulher, elas saíram em busca de seus direitos e deveres perante a lei e a sociedade em si.

Hoje, já podemos considerar uma tremenda vitória termos uma brasileira na presidência, Dilma Rouseff, que conta com diversos homens e mulheres como ministros também, e serve para alertar que a mulher pode e consegue governar muito mais do que uma simples casa.

Até os dias de hoje fica difícil se saber qual é a real posição da mulher e o papel que ela exerce. Financeiramente falando, ainda continua abaixo dos homens, pois já é comprovado por pesquisas que a mulher que ocupa o mesmo cargo e a mesma função que um homem tem o salário reduzido. Em termos de casamento, as mulheres tendem a ficar casa vez mais autônomas e independentes. Na criação de filhos então, nem se fale, a cada vez o índice de filhos diminui por mulher, principalmente aqui no Brasil, não se tem mais aquela ideia de que mulher só serve para a procriação e cuidar de marido.

Não podemos nos esquecer de uma data muito importante para todas as mulheres, o dia 8 de março em que comemora-se internacionalmente o Dia das Mulheres, e celebra-se essa data tão especial homenageando elas, que merecem todo o nosso respeito, apoio e dedicação por tudo feito até hoje. Lembrando que, este dia só existe graças a mais uma tragédia acontecida, onde mais de 200 mulheres foram mortas a sangue frio e trancafiadas em uma fábrica de tecidos.

Por último e não menos importante, gostaria de relembrar aqui uma das músicas mais famosas da cantora brasileira Rita Lee, chamada Pagu, onde ela mesma desmente completamente esta imagem que a sociedade impõe a mulher, com uma letra muito forte e expressiva, onde retrata exatamente a realidade:
“ Por que nem, toda feiticeira é corcunda, nem toda brasileira é bunda, meu peito não é de silicone..sou mais macho que muito homem!”

E é realmente pensando dessa forma que nós seguimos em frente, sem nenhum tipo de preconceito e sabendo que as mulheres são importantíssimas e sem elas ninguém seria nada, até hoje. Por todos os sofrimentos e conflitos, QUE VIVAM AS MULHERES!!!

Escrito por Bianca Kutchum, aluna do Ensino Médio

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